segunda-feira, novembro 19, 2007

Contratos de leitura


Os alunos do 8º e do 9º ano assinaram um contrato de leitura com a professora de Língua Portuguesa. Propõem-se ler mais, ler melhor, diversificar os géneros literários e as tipologias temáticas. Em contrapartida, a professora disponibiliza para empréstimo alguns (bastantes...) dos seus livros. E eis que chegam à lista mais livros esta semana, à espera de serem abertos, desbravados e conquistados. Quem foi que pediu um livro?

quinta-feira, novembro 15, 2007

LerArtes nas nuvens

Primeiro pensámos num público, o primeiro ciclo: depois descobrimos um livro, O Menino e a Nuvem; durante o mês de Outubro ensaiámos uma leitura encenada deste livro; nas primeiras duas semanas de Novembro elaborámos o cenário (com algumas ajudas...) e os adereços; na quarta e na quinta apresentámos este primeiro espectáculo do clube.
Membros do clube LerArtes: Carina, Isa, Liliana, Lúcia, Márcia, Marisa, Mónica e Tiago.
Professora responsável: Inês de Castro Silva

Durante a actuação...

O "menino" e a "enfermeira"...

Uma parte do nosso público...

Agradecemos a preciosa colaboração da professora Cidália, da D. Deolinda e do Sr. António na montagem do cenário e do sistema de som na biblioteca. Assim como a ajuda na gestão do espaço e na orientação do nosso público prestada pela D. Fernanda.

terça-feira, novembro 13, 2007

Era uma vez...


"O menino doente tinha uma cama branca, um lençol branco, uma almofada branca. E uma janela alta, à altura das nuvens brancas. Nuvens-carneirinhos brancos pastavam no céu. Nuvens-cavalos galopavam no céu. Ao longe, as nuvens-montanha enormes e paradas pareciam gigantes de neve.
Os pardais e as andorinhas nunca pousavam nas nuvens, os aviões passavam por elas como flechas.
Se eu pudesse, pensava o menino doente, havia de subir para uma nuvem e correr mundo."

Era uma vez o clube LerArtes. Era uma vez a história de um encontro à volta deste livro de Luísa Ducla Soares. Era uma vez a história de um trabalho de encenação do texto. Era uma vez um público à nossa espera.

domingo, novembro 11, 2007

Variações à lenda de São Martinho


ERA UM VEZ A SOLIDARIEDADE...

TSUI
Um dia, um terrível tsunami abalou a Indonésia, deixando milhares de pessoas desalojadas e centenas de mortos. Entre os sobreviventes estava um menino de 9 anos, chamado Tsui, que tinha acabado de perder pai, mãe, irmã, casa, ou seja, tudo.
Em Inglaterra, Martinho, jogador do Arsenal e melhor jogador de futebol do mundo, ficou comovido com a história de Tsui, que foi difundida por todos os órgãos de comunicação, e sentiu um impulso interior, uma vontade enorme de ajudar aquela pobre criança.
Por isso, apanhou o primeiro voo que conseguiu para a Indonésia. Já em terras indonésias, a estrela de futebol entrou em contacto com várias pessoas e acabou por descobrir Tsui numa casa de acolhimento para pessoas desalojadas. Martinho olhou em volta: tinha estampado à sua frente um triste cenário de dezenas de pessoas acabrunhadas, debulhadas em lágrimas, mal tratadas e quase sem roupa no corpo.
Até que, finalmente, reconheceu Tsui entre aquele grupo de pessoas. Ficou minutos em silêncio a olhar a pobre criança. Depois aproximou-se e começaram a conversar. Tsui agarrou-se a Martinho, sentindo-se protegido e nunca mais o largou.
O craque da bola deixou um donativo para ajudar as pessoas que estavam desamparadas naquela casa. Mas sentia uma ligação especial a Tsui, queria mudar e melhorar a sua vida. Levou-o com ele para Inglaterra e adoptou-o legalmente.
A vida de Tsui, realmente, mudou completamente de rumo. Hoje, Tsui é o melhor aluno do colégio e também uma das promessas do futebol internacional, seguindo assim as pisadas de Martinho.
Luís Faria, 8º A

Comentário:
Bem, este “São Martinho” tinha muita pinta! Não consta é que tenha abandonado a sua carreira e ingressado na vida religiosa, como o santo. Também era uma chatice deixar os milhões de euros, as fãs, a boa vida… Compreende-se… Mas o Verão de Novembro em Londres deve ter sido um espanto!


O LIMPA-NEVES
Na cidade da Guarda, trabalhava o senhor Martinho, que era limpa-neves. Trabalhava sobretudo nos meses de Janeiro e Fevereiro, quando nevava muito. Era viúvo e pai de dois filhos. Como trabalhava à noite, tinha a ajuda preciosa da sua vizinha, a D. Anita, para tomar conta dos seus filhos Afonso e Joana.
Martinho conhecia de perto o que era a pobreza, pois vários sem-abrigo arrastavam-se pelas ruas da cidade. Depois de ver ano após ano aquela tristeza, decidiu fazer qualquer coisa por aquelas pessoas.
Não tinha muitas posses, e o pouco que tinha era para alimentar a família e para o essencial. Por isso, foi para as ruas pedir a contribuição das pessoas e conseguiu amealhar 200.000 euros. Comprou um terreno à câmara municipal e mandou construir uma casa equipada para receber os sem-abrigo, conseguindo acabar com o seu sofrimento.
Anos depois, Martinho morreu e a comunidade, como reconhecimento pela sua solidariedade para com os mais desprotegidos, mandou construir uma estátua, toda ela em branco, simbolizando a neve.
José Pedro Silva, 8º A

Comentário:
E aquilo com a D. Anita, hem? Não haveria ali namorico? Ou ele era mesmo santo? Portanto milagre de Verão em pleno Inverno, nada. O homem teve mesmo de continuar a limpar a neve. Que chatice!


MARTINHO – UM HERÓI SEMPRE A POSTOS
Um dia, passeava Martinho pela cidade e, no caminho, encontrou o seu amigo Joaquim. Pararam no passeio a conversar animadamente.
De repente, Martinho avistou ao fundo da rua um menino cego a atravessar a rua e um carro que se aproximava a grande velocidade. Nesse momento, Martinho começou a correr e conseguiu chegar a tempo de apanhar o menino e se atirar para o lado. Ao caírem no chão ficaram os dois com pequenos ferimentos, mas nada de grave.
O menino ficou muito amigo de Martinho e tanto ele como a mãe, a D. Margarida, ficaram-lhe gratos por lhe ter salvo a vida. Ele podia ter morrido. Ninguém queria sequer pensar nisso.
Desde esse dia, Martinho tornou-se um herói para a toda cidade.
Carina Silva, 8º B

Comentário:
Pois, de heróis é que nós precisamos. Mas o miúdo era cego, não era surdo, pois não? Então, não ouvia o carro a aproximar-se?


LENDA DO DESERTO
Um dia, num deserto quente e extenso, em que não havia nada, a não ser cactos e ondas de calor, apareceu um homem todo vestido de branco em cima de um camelo.
Esse homem andava há dias e dias perdido, sentia que já não aguentava mais. Mas, inesperadamente, deparou-se com uma menina despida deitada nas areias quentes do deserto. A menina, com uma voz muito fraca implorou:
– Ajude-me, por favor!
O homem desceu do camelo, tirou a capa que o protegia, embrulhou a menina com ela e levou-a com ele.
Andou, andou e, passado umas longas e penosas horas, encontrou um castelo no meio do deserto. Entrou e lá encontrou comida e água para dar a menina. Ficaram uns dias e a menina começou a recuperar e a ganhar forças.
Certo dia, um senhor com uma coroa na cabeça veio ter com o homem e perguntou-lhe quem era e de onde vinha. O homem contou a sua história e a da menina. O senhor da coroa, muito agitado, contou-lhe que devia ser a sua filha, que tinha fugido há algum tempo do castelo.
O homem, que ficou conhecido como o “anjo branco”, no dia seguinte partiu novamente para o deserto e ninguém mais ouviu falar dele.
Lúcia Conceição, 8º B

Comentário:
O senhor de coroa era… um rei das arábias? Não sei. Mas o misterioso homem de branco agrada-me.


MARTA
Numa aldeia, vivia Marta, uma criança cheia de fome, frio e que tinha uma grande tristeza.
Os seus pais tinham morrido num acidente e a pobre criança ficou sem nada: nem família, nem amigos, nem ninguém que o ajudasse.
No dia em saiu do hospital, ainda arrasada pela morte dos pais, ao regressar a casa, viu que já estava a ser habitada por outras pessoas. Ainda tentou perceber o que se tinha passado, mas escorraçaram-na da casa sem qualquer explicação.
Marta foi andando e chorando pela aldeia, sem saber o que fazer. E assim vagueou durante umas semanas.
Certo dia, Martinho, um homem pobre e quase sem nada que andava à procura de emprego, encontrou aquela miúda por ali a pedir esmola.
Foi ter com ela, ouviu a sua triste história de vida, e levou-a com ele para casa. Apesar de ser pobre, tomou conta dela e não deixou que ela sofresse mais.
Por sorte, Martinho conseguiu arranjar um emprego e viveram os dois felizes para sempre.
Fátima, 8º B

Comentário:
É verdade, também podem ser solidários aqueles que pouco têm. E às vezes até são mais que os ricos. De Verão é que nada! Contam-me histórias de fazer chorar as pedras da calçada, mas um milagre ninguém me arranja…

segunda-feira, novembro 05, 2007

O que fomos ver


No dia 19 de Outubro, os alunos do 9º A foram ao Porto para assistir, no teatro Rivoli, à peça “ O Principezinho”, uma adaptação de Filipe La Féria da obra homónima de Antoine de Saint-Éxupéry. A peça agradou-me muito. Foi muito interessante.
Marisa Fernandes, 9º A

Todo o espectáculo estava bem concebido: o guarda-roupa, o som e a luz estiveram bem, o trabalho dos actores foi excelente e a cenografia fez-nos “viajar” até ao deserto onde o piloto teve a avaria no motor do avião.
Não gostei foi da raposa, um elemento fulcral na transmissão da ideia da amizade, que durante toda a sua actuação esteve sempre muito saltitante e, diga-se de passagem, a sua roupa também não ajudou.
Liliana Almeida, 9º A

Os actores tiveram um desempenho brilhante e o espectáculo, em geral, foi bom. O cenário adequava-se bem a alguns acontecimentos, mas no caso da raposa deveriam ter posto outro cenário, por exemplo uma montanha.
José Carlos Moura, 9º A

O trabalho com as luzes estava bem feito: a luz, alternando entre mais forte e menos forte, incidia sobre os actores, realçando a sua representação, e depois tinham de lado pequenas luzes que davam uma ideia de estarmos a ver as estrelas.
Marco Ralo, 9º A

Os actores representaram bem, embora eu ache que, na parte das personagens dos asteróides, o Principezinho não devia mexer os lábios, pois pode confundir as pessoas, sobretudo as crianças. Também achei um pouco desordenado o facto do vaidoso estar no seu asteróide sozinho e depois ver-se as pessoas que seguravam no espelho.
O cenário estava bem organizado, de acordo com o livro, tinha lá o avião para nos situarmos. Mas gostei principalmente das lâmpadas à volta a servirem de estrelas: uma visão espectacular.
Mónica Machado, 9º A

Relativamente ao cenário, o avião do piloto deveria sair em alguns momentos de cena. A luz esteve particularmente bem em relação às paredes da sala do teatro, que representavam um céu cheio de estrelas.
Flávio Pereira, 9º A

domingo, novembro 04, 2007

O que andamos a (tres)ler


Havia um menino que, quando tinha seis anos, viu uma imagem num livro chamado "Histórias Vividas" que o inspirou a fazer um desenho de uma jibóia com um elefante dentro dela. E assim começa a história do aviador que, anos mais tarde, encontra o Principezinho no deserto...
Isa Lopes, 9º A


O Principezinho era uma pessoa estranha, talvez também por viver num planeta diferente da Terra.
Rui Rodrigues, 9º A


Eu não tenho a certeza, mas acho que no capítulo em que o Principezinho fala da flor está a estabelecer uma comparação com as pessoas. Revela o medo de perder alguém de quem gostamos; que as pessoas têm qualidades e defeitos e que ninguém é perfeito, que erramos e que devemos sempre pedir desculpa; que só nos lembramos do valor de alguém quando essa pessoa não está connosco; e que para manter uma relação de amizade devemos cativar sempre os outros.
Mónica Machado, 9º A


A minha opinião em relação ao livro é uma opinião de leiga, pois, por mais que leia, neste momento não tenho a capacidade de me expressar da maneira mais correcta. Mas acho que o livro, apesar de ser um conto infantil, é também dedicado a todas as pessoas. Faz um retrato da amizade na sua forma mais pura. Fala também de atitudes que devíamos tomar e que muitas vezes são esquecidas.
Todas as pessoas deviam ler esta obra, pois tem noções fundamentais sobre a amizade. Eu adorei o livro e aprendi muito com ele.
Liliana Almeida, 9º A