terça-feira, fevereiro 27, 2007


Ler, pesquisar, debater...

A nossa escola está a participar no concurso «ENTRE PALAVRAS» - 3º Fórum de Leitura e Debate de Ideias - uma iniciativa do Jornal de Notícias que visa promover o desenvolvimento do gosto pela leitura, pela reflexão e pelo confronto de ideias entre os mais jovens. Os alunos do 3º ciclo, desde segunda-feira, entraram na fase de leitura, reflexão e pesquisa sobre os temas abordados em algumas notícias do jornal que promove o concurso, tais como a violência doméstica, a sexualidade juvenil, o fenómeno das comunidades online, a anorexia...
Ler também é uma forma de analisar e entender o mundo que nos rodeia para nele intervir cívica e responsavelmente. Por isso este tipo de concurso é tão importante, na medida em propõe a reflexão sobre questões fundamentais da sociedade do nosso tempo.
A fase dos debates no contexto da turma já começa no próximo dia 2 de Março. Até lá todos tentam encontrar argumentos "pró" ou "contra", pesquisando, pesquisando, pesquisando (um computador com ligação à Internet, por favor!). Boa sorte a todos e... que ganhem os melhores, claro. E podem ser vocês, não se esqueçam disso.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

O novo projecto do clube LerArtes

No início do segundo período, andámos à volta de vários livros, em busca daquele que nos levaria à aventura do teatro, do texto ao palco, do texto às emoções. O Principezinho, de Saint-Exupéry, O Senhor Valery ou outro dos "Senhores" de Gonçalo M. Tavares, O Colar, de Sophia de Mello Breyner Andresen... E acabámos por escolher Leandro, Rei da Helíria, de Alice Vieira. Pensámos, sobretudo, no nosso público: os alunos, desde o 1º ciclo, os outros agentes educativos (pais/encarregados de educação, professores, funcionários da ecola), familiares, amigos, comunidade em geral. E, por isso, resolvemos escolher um texto acessível a todos, que convoca a emoção dos sentimentos humanos e nos contagia com a magia do riso.






Adaptámos parcialmente o texto, para diminuir um pouco a extensão, eliminar algumas "barreiras linguísticas" e fazer a tranposição para um contexto mais actual.
Acreditem que nos temos divertido muito com este novo projecto de encenação, que irá ser apresentado ao público apenas no final do ano lectivo. Para depois ficam alguns pormenores sobre o nosso elenco de actores, as personagens que interpretam e as "cenas" dos ensaios...







Alice Vieira, a autora, é uma das mais conhecidas e aclamadas escritoras portuguesas de literatura infanto-juvenil. Nasceu em 1943 em Lisboa. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Sempre foi apaixonada pela escrita e pelo jornalismo, tendo colaborado em alguns jornais e participado também em programas de televisão para crianças.
Já recebeu muitos prémios, destacando-se o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, atribuído, em 1996, que reconhece o valor excepcional do conjunto da sua obra. Os seus livros encontram-se traduzidos em diversas línguas e editados em inúmeros países europeus, o que testemunha também o grande sucesso desta escritora.
Tem um rosto muito simpático, não tem? E um olhar que parece mergulhar na alma humana para encontrar nela a matéria de que são feitas as suas histórias, as suas personagens, o seu já vasto mundo ficional.

Algumas obras da autora que encontras na nossa Biblioteca:

1979 - Rosa, Minha Irmã Rosa
1980 – Lote 12 – 2º frente
1982 – Chocolate à chuva
1986 – Flor de mel
1990 – Úrsula, a maior
1999 – Um fio de fumo nos confins do mar
2001 - Trisavó de Pistola à Cinta e outras histórias
2005 – O casamento da minha mãe

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Concurso «À descoberta do livro»

Mais uma vez fizemos da Biblioteca um espaço de encontro com os livros. Percorremos com o olhar as estantes, à procura do título certo, folheámos as páginas dos livros, à procura da página exacta, e, por fim, as mais persistentes lá encontraram o "livro-mistério" de Fevereiro:

Ana Maria Pereira, 4º E
Patrícia Pereira, 6º A




Desta vez, escolhemos para "livro-mistério" um livro de António Torrado:



O MANEQUIM E O ROUXINOL



Um livro de pequenos contos, onde se conta a história do arrogante Manequim e do bonito Rouxinol que acaba por abrir as asas para a liberdade, mas também d' «O caracol caracolinho», d' «O chapéu-de-chuva mágico», e de muitas outras personagens.



O autor escreve poesia, ficção e textos dramáticos, muitos deles já traduzidos para outras línguas. É considerado um grande contador de histórias e um dos escritores mais produtivos na área da literatura para crianças e jovens. E, por isso, foi-lhe atribuído, em 1988, o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças «pela qualidade do conjunto da sua obra literária».



Um dos livros de António Torrado que encontrarás na Biblioteca é Filhos de Montepó, recomendado para o 4º ano de escolaridade pelo Plano Nacional de Leitura, mas que pode ser também uma boa opção de leitura para os jovens do 2º e 3º ciclos. Experimentem lê-lo (há três exemplares). E depois comentem-no. Cá estaremos à espera das vossas opiniões...









quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O livro de todos os desencontros


Prometemos, numa postagem anterior, divulgar os livros que mais custaram a "digerir" ou de que, simplesmente, não gostámos. E o vencedor, depois de uma sondagem pelas turmas do 9º ano, foi UM FIO DE FUMO, de Alice Vieira, um livro proposto pela professora de Língua Portuguesa para os contratos de leitura.
Ou foi do fumo ou foi dos confins do mar, o certo é quase todos "penaram" para acabar de ler o livro.
Vamos aos comentários:
Carina Gonçalves, 8º B:
Confesso que não fiquei fã deste livro, pelo título do livro esperava outra coisa, não sei ao certo, mas talvez aventuras com uma grande adrenalina. Não gostei e não o recomendaria aos meus amigos.»
Cristophe Carvalho, do 9º B:
«Não percebi nada. Primeiro falava de uma senhora que se chamava Mademoiselle Nadine Fabre, que era francesa e vai actuar num teatro. Mas depois, no táxi, já era Maria, era grega e estava com problemas financeiros...»
Hugo Pirão, 9º B:
«Começa com uma senhora chamada Nadine Fabre, que faz de Maria, a grega, que é famosa e rica. Também conhece a dona Rute e vai ao programa "Quem sabe quem"...»
Vanessa Gonçalves, 9º B:
«É uma confusão, não percebi nada daquilo, as personagens eram umas e depois já eram outras...»
Tânia Pereira, 9º A:
«O livro conta a história de uma rapariga, Carmo do Rosário, que gosta de conhecer o seu passado. Ela faz perguntas à mãe sobre os familiares que não conhece, mas ela não lhe diz nada. A mãe namorava com o Crispim, um homem que só falava em cinema e política. A Nania, que era a avó, é que gostava de lhe contar muitas coisas.
O livro também nos conta a história de um programa de televisão apresentado por Rute Isabel, onde as pessoas iam para tentar encontrar um familiar ou amigo. No final, Maria do Rosário vai a esse programa para encontrar uma irmã.
É um livro que é um bocado difícil de perceber...»
Mas também houve quem defendesse o livro...
Fábio Martins, 9º A:
«O livro conta-nos a história de uma rapariga chamada Carmo do Rosário, que gosta de conhecer o seu passado e saber tudo sobre os seus familiares. Pergunta à mãe, mas ela não lhe revela nada. A Nani, que era a "avó" dela, fazia questão de lhe contar histórias do passado. (...) Por fim, Maria do Carmo vai a um programa de televisão para encontrar a avó biológica, mas foi sem sucesso, não conseguiu encontrar ninguém. No entanto, está certa que, um dia, há-de desbloquear a situação.
É um livro que se lê bem e consegue-se perceber a história.»
Ufa! Não sei que vos diga. Parece-me que alguns se perderam a meio da leitura. Pois é, ninguém sabe quem é a grande Maria Callas, Fellini, a festa do Avante... Por isso confundiram algumas referências com a história de Maria Guelhermina, da sua mâe Cacilda, do namorado dela, Crispim, da avó "adoptiva" Nani (Mademoiselle Fabre) e da apresentadora de televisão Rute Isabel. E suspeito que o facto da narrativa ser fragmentada, alternando entre diferentes "histórias" (de Mademoiselle Fabre e o seu fascínio pela Callas e a ópera, as que vão sendo contadas no programa de Rute Isabel... ) deve ter aumentado ainda mais a confusão.
Resumindo, temos de voltar a pegar n' Um fio de fumo nos confins do mar porque, afinal, ainda há um livro por descobrir... Que me dizem vocês?