quarta-feira, maio 09, 2007

Semana das línguas II



Sim, é verdade, festejámos hoje o dia da língua inglesa na nossa escola. Com scones e muito, muito chá (!) ao lanche. Pois claro, tradição é tradição!



O inglês é uma língua que marca o nosso quotidiano, a cultura popular da sociedade contemporânea. Basta pensar na música, por exemplo. Todos nós ouvimos muita, muita música em inglês. E gostamos, sem dúvida. E por que não experimentar agora um clássico da literatura inglesa, um daqueles livros que são eternos? Pois sim, vamos a isso!
Alice's Adventures in Wonderland (no original, apesar de muitas vezes ser chamado de "Alice in Wonderland") é o livro mais famoso de Lewis Carroll, que conta o sonho de uma menina. Como em todos os sonhos, nesse também são quebradas muitas das regras que regem o mundo real, e essas quebras vão sendo analisadas pela própria personagem principal, num jogo muito curioso e interessante.

Deixo-vos um excerto para despertar, espero, a vontade de o lerem todo:

Alice estava a começar a ficar farta de estar sentada ao lado da irmã na margem do rio e de não ter nada para fazer: já tinha dado uma olhadela, uma vez por outra, ao livro que a irmã estava a ler, mas este não tinha ilustrações nem diálogos, «E para que serve um livro», pensou ela, «se não tem bonecos nem diálogos?»

Por isso ela estava a tentar decidir, da melhor forma que podia (pois o calor fazia-a sentir muito ensonada e estúpida), se o prazer de fazer uma coroa de margaridas valia a maçada de se levantar e de ir apanhá-las, quando, de repente, um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa apareceu a correr ao lado dela.

Não havia nada de muito extraordinário nisso, nem sequer Alice pensou que fosse assim tão estranho ouvir o Coelho dizer para consigo: «Meu Deus, meu Deus! Vou chegar atrasadíssimo! (só mais tarde, ao pensar nisso, é que se lembrou de que devia ter estranhado o que vira, pois, na altura, tudo lhe pareceu muito natural); mas, quando o Coelho tiirou mesmo o relógio da algibeira do colete, viu as horas e continuou o seu caminho todo apressado, então é que Alcice se pôs de pé num salto, pois de repente passou-lhe pela cabeça a ideia de que nunca tinha visto um Coelho de colete, com um relógio na algibeira. A arder de curiosidade, pôs-se a correr pelo campo fora atrás dele e, felizmente, foi mesmo a tempo de o ver esgueirar-se para dentro de uma grande toca que havia debaixo dos arbustos.


Sem comentários: