A encenação da Filandorra foi, sem dúvida, excelente. Passaram a mensagem de Gil Vicente para o público, pois conseguiram adaptar as referências da época do escritor à situação da vida actual. Gostei particularmente da homenagem que eles fizeram às vítimas dos acidentes no IP4, foi muito bonito da parte deles.
O cenário estava bem conseguido, com as duas barcas a demarcar o espaço do bem e do mal. O pormenor da barca do anjo, com o pára-quedas aberto por detrás deste deu uma imagem óptima, que só percebi, no fim, quando nos disseram como estava construído o cenário.
O actor que interpretava o Parvo estava muito bem, foi uma das personagens que mais gostei; e apesar de ser a primeira vez que se apresentava em palco, conseguiu passar a ideia da descriminação.
Os efeitos sonoros e a música deram uma melhor perspectiva sobre o que se iria criticar em cada personagem.
Liliana Almeida
A peça foi bem feita pelos actores; a luz, a música estavam muito bem. Mas não gostei do texto de Gil Vicente porque torna a peça chata.
André Morais
No início da peça, estavam no chão do palco alguns actores que representavam os mortos. Depois foram-se levantando e dirigindo até ao cais, onde eram recebidos pelo Diabo, que estava à espera deles. A seguir iam tentar a sorte com o Anjo, mas a maioria acabava na Barca do Inferno. Gostei de assistir à peça, mas houve algumas falas que não entendi.
Flávio Pereira
Eu, sinceramente, gostei muito, pois foi uma maneira de perceber a história sem termos de ler o livro, pois isso seria mais aborrecido.
Mónica Machado
Toda a peça foi fantástica: o cenário, a música para cada personagem, a interpretação. Gostei imenso da Barca do Inferno porque estava construída com destroços de automóveis.
Isa Lopes
Gostei da história, dá para ver os erros cometidos na vida e a razão por que são castigados. Gostei especialmente do Parvo, por toda a comédia e inocência dele.
Fátima Borges
Gostei muito da peça, principalmente do Parvo, que foi uma personagem bastante cómica. A peça pode ser considerada uma lição de vida: quem rouba, engana, etc, vai para o inferno e quem é bondoso, simples, vai para o paraíso.
Ana Cruz
Pois que ainda agora embarcamos, e chegaremos certamente a bom porto, sem passagens pelo "inferno". Todavia convém desfazer alguns equívocos. Mónica, o "ver", ler o texto em toda a sua força de representação é, evidentemente, importante para compreendermos a especificidade do género dramático, mas não dispensa outro tipo de leitura, mais analítica, desconstruindo e reconstruindo sentidos. Aliás como o Flávio, de alguma forma, percebeu ao perceber que não percebeu algumas falas... André, sem o texto de Gil Vicente não havia peça, não é? Descobrir que o que tu gostaste na encenação da Filandorra também era "texto" vicentino pode ser uma boa surpresa. A ver vamos. Gostaram todos da personagem Parvo e do actor que o interpretava. Eu concordo. A barca vai em deriva.
A prof.
1 comentário:
A peça está espectacular, e pode-se adquar á vida real. Havendo pessoas avarentas, sinicas e que só pensam nelas próprias. e também aprendemos o que está mal na nossa sociedade podendo se quizernos contribuir melhor para ela melhorar.
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