«Colhido de surpresa, ora olhava os amigos, ora aquela maravilha que me cabia na mão, com terror e fascinação ao mesmo tempo, pois a partir de então a minha liberdade parecia ameaçada. A minúscula criatura fixava-me com olhos de cobre esfregado de fresco, redondos, imensos, e perante aquele olhar sentia-me à sua mercê — fomos então tratar da instalação. Os amigos haviam previsto tudo: cama, tabuleiro, areias, pratos, alimentos, tudo tinham trazido. Colocámos a cama e as areias no quarto de banho, pratos e tigela foram para a cozinha. Acertámos no nome, e como era do tamanho de uma avelã, e janeiro ia muito frio, acabei por levá-lo para o quarto: primeiro para junto do calorífero, depois para a cabeceira da cama, onde se habituou a dormir, às vezes a minha mão por travesseiro. E fui-o vendo crescer, na certeza de que ao meu lado crescia um exemplar perfeito da sua raça: cabeça robusta, orelhas delicadas, narinas rosadas, pêlo espesso e sedoso; mais exuberante no pescoço e na cauda — era um príncipe oriental que dividia comigo os seus dias, sem coroa e sem mundo para governar, mas de uma beleza que se fosse humana seria insuportável.»
Eugénio de Andrade, excerto de «Cântico», in Rente ao Dizer
O amor é um sentimento que compreende muitas formas de afecto, por isso, no dia de S. Valentim, os alunos do 8º A e do 8º B ouviram a professora ler «Cântico», um belíssimo texto de Eugénio de Andrade sobre o seu gato persa, Micky. Depois foi-lhes proposto que escrevessem eles próprios um texto sobre o seu animal doméstico. Eis o que alguns deles disseram sobre os "seus amores":
Quando recebi o meu gato tratei-o bem:
dava-lhe de comer e banho
ao seu pêlo castanho.
Não confundo o meu gato com qualquer um,
se este morresse não queria mais nenhum.
Ele é tão esperto
que não sai daqui de perto
É rico e fofinho;
se fica sozinho, ai, coitadinho!
José Carlos, 8º A
O meu gato é amarelo e branco, gordo, peludo e fofinho.
É muito amoroso, gosta de dormir deitado no meu braço e põe-me a pata da frente na cara até adormecer. De manhã, quando o meu despertador toca para eu acordar para vir para a escola, ele acorda e agarra-se a mim a lamber-me e põe-se a brincar comigo. À noite, logo que chego a casa, ele agarra-se às minhas pernas e eu já sei o que ele quer: é para pegar nele e fazer-lhe festas.
Eu amo e adoro o meu gato.
Lília, 8º A
Eu tenho um cão chamado Fredy, que me foi oferecido pelos meus pais num tempo em que eu andava muito triste.
Ele tem uma pelagem muito fofinha, preta e branca. Desde o primeiro dia em que o vi é muito brincalhão e gosta de conhecer as pessoas. Nem sempre as recebe da melhor forma, mas depois adora brincar com elas. Gosta de brincar na terra e odeia tomar banho. Quando chego da escola, fica muito contente e vem a correr esperar-me.
Adoro o meu cão, não sou nada sem ele.
Tânia, 8º B
Era lindo, parecia uma bola de pêlo branca, pequenino, redondinho. Era maravilhoso.
Quando chegou, parecia que tinha passado por um furacão e vinha cheio de fome, pois foi encontrado na rua. Tinha apenas 15 dias, era mesmo bébé, por isso lhe chamámos Baby.
Um dia, quando cheguei a casa, o Baby estava na caixa de areia muito triste, não comia, nem sequer se mexia. Levámo-lo ao veterinário, que lhe diagnosticou um tumor no pescoço. Passado algum tempo, ele morreu porque já não foi possível fazer nada para o ajudar.
Era o gato mais belo que alguma vez terei visto.
Cristina, 8º B
Eugénio de Andrade, excerto de «Cântico», in Rente ao Dizer
O amor é um sentimento que compreende muitas formas de afecto, por isso, no dia de S. Valentim, os alunos do 8º A e do 8º B ouviram a professora ler «Cântico», um belíssimo texto de Eugénio de Andrade sobre o seu gato persa, Micky. Depois foi-lhes proposto que escrevessem eles próprios um texto sobre o seu animal doméstico. Eis o que alguns deles disseram sobre os "seus amores":
Quando recebi o meu gato tratei-o bem:
dava-lhe de comer e banho
ao seu pêlo castanho.
Não confundo o meu gato com qualquer um,
se este morresse não queria mais nenhum.
Ele é tão esperto
que não sai daqui de perto
É rico e fofinho;
se fica sozinho, ai, coitadinho!
José Carlos, 8º A
O meu gato é amarelo e branco, gordo, peludo e fofinho.
É muito amoroso, gosta de dormir deitado no meu braço e põe-me a pata da frente na cara até adormecer. De manhã, quando o meu despertador toca para eu acordar para vir para a escola, ele acorda e agarra-se a mim a lamber-me e põe-se a brincar comigo. À noite, logo que chego a casa, ele agarra-se às minhas pernas e eu já sei o que ele quer: é para pegar nele e fazer-lhe festas.
Eu amo e adoro o meu gato.
Lília, 8º A
Eu tenho um cão chamado Fredy, que me foi oferecido pelos meus pais num tempo em que eu andava muito triste.
Ele tem uma pelagem muito fofinha, preta e branca. Desde o primeiro dia em que o vi é muito brincalhão e gosta de conhecer as pessoas. Nem sempre as recebe da melhor forma, mas depois adora brincar com elas. Gosta de brincar na terra e odeia tomar banho. Quando chego da escola, fica muito contente e vem a correr esperar-me.
Adoro o meu cão, não sou nada sem ele.
Tânia, 8º B
Era lindo, parecia uma bola de pêlo branca, pequenino, redondinho. Era maravilhoso.
Quando chegou, parecia que tinha passado por um furacão e vinha cheio de fome, pois foi encontrado na rua. Tinha apenas 15 dias, era mesmo bébé, por isso lhe chamámos Baby.
Um dia, quando cheguei a casa, o Baby estava na caixa de areia muito triste, não comia, nem sequer se mexia. Levámo-lo ao veterinário, que lhe diagnosticou um tumor no pescoço. Passado algum tempo, ele morreu porque já não foi possível fazer nada para o ajudar.
Era o gato mais belo que alguma vez terei visto.
Cristina, 8º B
3 comentários:
Eu adorava ter conhecido o teu gato, foi pena ele ter morrido.
olha mas nao triste porque um dia vais encontrar um gato que gostes....
Llila
OLIVIA
Eu também gosto dos cães e dos gatos.
Eu admiro o amor que as pessoas tem pelos animais.
Mas há pessoas que não gostam.
Eu gostei dos textos que vós escrevestes.
Sandrina 8:A
Nós também adoramos esses tipo de animais(cão e o gato).Adoramos os vossos textos.Os vossos textos dizem o sentimento que cada um de vocês sente por um animal.Continuai a escrever textos como estes para alertar as pessoas que os animais são muito importantes.
SANDRA E FÁTIMA.
Enviar um comentário