quarta-feira, dezembro 17, 2008
terça-feira, dezembro 16, 2008
Um livro na Feira do Livro II
No início era o caos.
No início, como sempre, era o caos.
Não poderia ser de outro modo.
No início, dizia eu (?), era o caos.
Mas não é preciso haver alguém para dizer o caos? E esse alguém põe no caos a
pedra da gravidade: a palavra onde chove e onde bate o sol (os seus espinhos).
Alguém que peregrina mas não tem deus, alguém que põe a pedra do deus no
seu próprio caminho.
Portanto alguém que inventa o caminho.
No início, em suma, era o caos.
Logo, também os pequenos cosmos caídos no caos, por exemplo, repetir a
palavra caos tantas vezes que
caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos
caos caos caos caos caos caos
do caos se levante a pequena rotação de um sentido. Por exemplo: uma pequena
alma, essa desordem controlada.
Uma pequena alma balbuciante que empurra tintas, que diz “aqui”, ou diz:
No início era o caos, um caos tão frágil que o menor movimento
levava cada linha a um lugar que fosse seu, como se
estivesse tudo na iminência de se fazer sentido e em lugar nenhum
se pudesse salvaguardar a desordem, essa beleza sem testemunhas.
No início, balbucia, no in-, no início era
era o caos, balbucia, aprende a balbu-, a balbuciar, regressa
à dificuldade da língua insone, o caos, era
o inacessível caos na desordem instável
de um mundo condenado ao explodir do sentido.
No início, como sempre, era o caos.
Não poderia ser de outro modo.
No início, dizia eu (?), era o caos.
Mas não é preciso haver alguém para dizer o caos? E esse alguém põe no caos a
pedra da gravidade: a palavra onde chove e onde bate o sol (os seus espinhos).
Alguém que peregrina mas não tem deus, alguém que põe a pedra do deus no
seu próprio caminho.
Portanto alguém que inventa o caminho.
No início, em suma, era o caos.
Logo, também os pequenos cosmos caídos no caos, por exemplo, repetir a
palavra caos tantas vezes que
caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos caos
caos caos caos caos caos caos
do caos se levante a pequena rotação de um sentido. Por exemplo: uma pequena
alma, essa desordem controlada.
Uma pequena alma balbuciante que empurra tintas, que diz “aqui”, ou diz:
No início era o caos, um caos tão frágil que o menor movimento
levava cada linha a um lugar que fosse seu, como se
estivesse tudo na iminência de se fazer sentido e em lugar nenhum
se pudesse salvaguardar a desordem, essa beleza sem testemunhas.
No início, balbucia, no in-, no início era
era o caos, balbucia, aprende a balbu-, a balbuciar, regressa
à dificuldade da língua insone, o caos, era
o inacessível caos na desordem instável
de um mundo condenado ao explodir do sentido.
Pedro Eiras, in Arrastar Tinta
O autor não pôde estar presente, mas ficamos com o rasto das palavras. A Márcia, do 9º A, elegeu este poema para arrastar a tinta da leitura, do caos ao sentido.
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Um livro na Feira do Livro
llllllllllllllll
Na próxima terça-feira à tarde, na Feira do Livro do Agrupamento de Escolas de Cerva, temos o prazer de contar com a presença de Pedro Eiras para apresentar Arrastar Tinta, uma «experiência de Nuno Barros, que pintou, e Pedro Eiras, que escreveu».
quarta-feira, dezembro 10, 2008
O 9ºA responde à pergunta
O QUE É UM HOMEM SEXUAL?
A escola da amizade
é uma escola diferente,
toda a gente faz perguntas
e quem responde… não mente.
Nesta escola tão escola
todos gostam de aprender;
todos gostam de ensinar;
todos gostam de saber.
Ilda Taborda +Gémeo Luís, O que é um homem sexual?
A escola da amizade
é uma escola diferente,
toda a gente faz perguntas
e quem responde… não mente.
Nesta escola tão escola
todos gostam de aprender;
todos gostam de ensinar;
todos gostam de saber.
Ilda Taborda +Gémeo Luís, O que é um homem sexual?
quinta-feira, dezembro 04, 2008
O contador de histórias
Juan Muñoz
(A não perder em Serralves, até 18 de Janeiro)
Apesar de a sala estar praticamente vazia o senhor Brecht começou a contar as suas histórias.
...
Medidas enérgicas
O governo corrigia os desequilíbrios sociais colocando duas sentinelas em redor de cada pobre.
...
Depois de contar a última história senhor Brecht olhou em redor. A sala estava cheia. As pessoas eram tantas que tapavam a porta. Como poderia agora sair dali?
Gonçalo M. Tavares, O Senhor Brecht
(A não perder, pedindo emprestado a uma professora perto de ti, até a final do ano)
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