Era um peixinho vermelho
De barbatanas brilhantes
Vivia num aquário
Com outros três azuis e bem arrogantes!
O dono era um menino
Que adorava observar
Os seus peixinhos coloridos
Dia e noite a nadar.
O vermelhinho não tinha
Amigos para brincar
Só comia os restinhos
E entrar na gruta, nem pensar!
Aborrecido, sozinho
A nadar sem companhia
Estava cada vez mais magro e sem cor
Da tristeza que sentia.
Era negro, maior e mais velho
O peixe acabado de chegar
E os peixinhos azuis
Tiveram um medo de pasmar.
Quando o menino chegava
Com a comida prontinha,
Comia o preto sossegado, os azuis,
E o vermelho só se houvesse uma sobrinha.
O mais velho reparando
No definhar o peixinho
Acercou-se a conversar
Com o vermelho magrinho.
Daquele dia em diante
Bons amigos se tornaram,
Comiam juntos, brincavam,
Para espanto dos azuis
Que muito pasmados ficaram.
Mas a tristeza chegou
Ao coração do vermelho
Viu como ficou doente
O seu amigo mais velho.
Chegou a hora do vermelho
Retribuir a amizade,
Pois lembrava-se da companhia
Com respeito e com saudade.
Um a um os azulitos
Foram adoecendo
Sem força e sem saúde,
A pouco e pouco morrendo.
Estranhando a ausência,
Mas ainda amedrontado,
Procurou os outros peixes
Na gruta mesmo ao lado.
Ofereceu a sua ajuda
E defendeu o amigo,
Que os azuis acusavam
De representar grande perigo.
Tentou convencer os outros
De que o amigo era inocente
Mas ele próprio sabia
Que estava a ficar doente.
Sentia a força a escapar
E com a pouca que tinha
Pôs-se aos saltos fora de água
Para ver se o menino vinha.
O menino que já andava
Triste e preocupado,
Procurou a ajuda do pai
Que os colocou noutro lado.
Passou-os para uma bacia
Com água limpa, transparente
Desinfectou o aquário e colocou-os,
De volta, todo contente.
Todos ficaram melhor,
Menos o negro velhinho
E os outros compreenderam
A situação do negrinho.
Perderam o medo por fim
E juntos ajudaram
O negro a recuperar
As forças que lhe faltaram.
Que a todos nos sirva
Esta bela lição,
Não devemos julgar os outros
Sem conhecer seu coração.
Ajudar nossos amigos
É uma grande missão,
Com amizade e carinho
E sem impor condição.
Texto poético inspirado no livro Aquário, 4º F
Teatro de Sombras, 2º CDe barbatanas brilhantes
Vivia num aquário
Com outros três azuis e bem arrogantes!
O dono era um menino
Que adorava observar
Os seus peixinhos coloridos
Dia e noite a nadar.
O vermelhinho não tinha
Amigos para brincar
Só comia os restinhos
E entrar na gruta, nem pensar!
Aborrecido, sozinho
A nadar sem companhia
Estava cada vez mais magro e sem cor
Da tristeza que sentia.
Era negro, maior e mais velho
O peixe acabado de chegar
E os peixinhos azuis
Tiveram um medo de pasmar.
Quando o menino chegava
Com a comida prontinha,
Comia o preto sossegado, os azuis,
E o vermelho só se houvesse uma sobrinha.
O mais velho reparando
No definhar o peixinho
Acercou-se a conversar
Com o vermelho magrinho.
Daquele dia em diante
Bons amigos se tornaram,
Comiam juntos, brincavam,
Para espanto dos azuis
Que muito pasmados ficaram.
Mas a tristeza chegou
Ao coração do vermelho
Viu como ficou doente
O seu amigo mais velho.
Chegou a hora do vermelho
Retribuir a amizade,
Pois lembrava-se da companhia
Com respeito e com saudade.
Um a um os azulitos
Foram adoecendo
Sem força e sem saúde,
A pouco e pouco morrendo.
Estranhando a ausência,
Mas ainda amedrontado,
Procurou os outros peixes
Na gruta mesmo ao lado.
Ofereceu a sua ajuda
E defendeu o amigo,
Que os azuis acusavam
De representar grande perigo.
Tentou convencer os outros
De que o amigo era inocente
Mas ele próprio sabia
Que estava a ficar doente.
Sentia a força a escapar
E com a pouca que tinha
Pôs-se aos saltos fora de água
Para ver se o menino vinha.
O menino que já andava
Triste e preocupado,
Procurou a ajuda do pai
Que os colocou noutro lado.
Passou-os para uma bacia
Com água limpa, transparente
Desinfectou o aquário e colocou-os,
De volta, todo contente.
Todos ficaram melhor,
Menos o negro velhinho
E os outros compreenderam
A situação do negrinho.
Perderam o medo por fim
E juntos ajudaram
O negro a recuperar
As forças que lhe faltaram.
Que a todos nos sirva
Esta bela lição,
Não devemos julgar os outros
Sem conhecer seu coração.
Ajudar nossos amigos
É uma grande missão,
Com amizade e carinho
E sem impor condição.
Texto poético inspirado no livro Aquário, 4º F
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