Gonçalo M. Tavares
Gonçalo M. Tavares construiu «O Bairro», espaço literário onde se cruzam uns estranhos e divertidos Senhores: O senhor Valéry, que «era pequenino, mas dava muitos saltos»; o senhor Henri e os seus comentários engraçados, ainda que, por vezes, sexistas (como «o carrinho de mão foi inventado para dar força ao homem, enquanto a mulher foi inventada para tirar força ao homem.») ; o senhor Brecht e o seu humor negro; o senhor Juarroz, que, como «não era muito adepto do desporto, optava por competir consigo próprio, através daquilo que ele designava como “os seus dois jogadores”: o pensamento e a escrita.»; o senhor Kraus, sempre embrenhado na escrita das suas crónicas para o jornal, onde critica e denuncia a corrupção do poder político, simbolizada pelo caricato Chefe e seus Auxiliares; o senhor Calvino, que tinha «uma janela de abotoar» de onde podia «observar o mundo»; e o senhor Walser, perplexo e impotente ao ver que o seu mundo se vai desmoronando.
Estes senhores lembram outras personagens famosas do cinema, como Charlot, Buster Keaton ou o Sr. Hulot de Tati, pelo seu lado burlesco, ingénuo, sonhador, que faz deles lunáticos sempre à beira do desastre. Passam a vida a pensar o mundo, mas a realidade, muitas vezes, atropela as teorias elaboradas e cai-lhes em cima de forma inesperada.
Os alunos do 9º A partiram numa expedição ao Bairro para tentar entrever estas curiosas criaturas de Gonçalo M. Tavares no seu habitat natural. Durante esta semana, nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos desbravaram a floresta das páginas e chegaram a esse espaço literário ainda desconhecido. Depois, os livros circularam e alguns aventuraram-se em percursos individuais de leitura no território-livro mais apetecível para a sua imaginação. Dessas incursões ficaram alguns textos sobre esta experiência surreal. A ver, brevemente, num blog perto de si…
Os alunos do 9º A partiram numa expedição ao Bairro para tentar entrever estas curiosas criaturas de Gonçalo M. Tavares no seu habitat natural. Durante esta semana, nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos desbravaram a floresta das páginas e chegaram a esse espaço literário ainda desconhecido. Depois, os livros circularam e alguns aventuraram-se em percursos individuais de leitura no território-livro mais apetecível para a sua imaginação. Dessas incursões ficaram alguns textos sobre esta experiência surreal. A ver, brevemente, num blog perto de si…
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